quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Candidatos da Frente Popular visitam o ‘vale da nova economia acreana’


Os candidatos da Frente Popular, na companhia do governador Binho Marques, estiveram no Vale do Alto Acre no último final de semana para conferir a situação econômica da região. Tião Viana, candidato a governador, Edvaldo Magalhães e Jorge Viana, companheiros de chapa pelas duas vagas do Senado, visitaram as principais cidades e também entraram na floresta para falar com comunidades distantes, pouco numerosas, mas de grande importância para a economia de base florestal.

Na área mais desmatada, ao longo da BR-317, os investimentos econômicos dos últimos anos transformaram a área numa região produtiva. O plantio de milho e 130 pequenas granjas demonstram o funcionamento da cadeia produtiva, que abastece com 12 mil frangos por dia o abatedouro de Brasiléia, gerando trabalho e renda para pequenos agricultores.

Ainda na BR-317, quilômetros antes, a cana-de-açúcar anuncia outro sólido investimento: a usina Álcool Verde, que começa a produzir álcool nos próximos dias. A produção não se acaba quando o asfalto termina. Ao contrário, segue mata adentro, de outro jeito, mas com a mesma prosperidade.

Vida nova na floresta

A fábrica de pisos de madeira, a usina de castanha e a fábrica de preservativos de Xapuri garantem o sucesso de outro tipo de atividade: a do extrativismo. No seringal Cachoeira, em Xapuri, Tião, Edvaldo, Jorge e o governador Binho Marques conversaram com manejadores de madeira, castanha e látex que fornecem matéria-prima para as três indústrias de Xapuri.


Extrativistas, que participaram dos empates com Chico Mendes e que há 30 anos lutam pela sobrevivência na floresta sem destruição, comemoram junto com filhos e netos os resultados.

A nova geração fez cursos de técnicas florestais, estudou até a faculdade sem sair do município e hoje aplica seu conhecimento para fortalecer a comunidade.

– O manejo florestal comunitário é uma realidade aqui e deve ser ampliado para outras áreas do Estado – disse Tião Viana.

Ramal da prosperidade

O ramal do Icuriã começa em Assis Brasil e termina 75 quilômetros depois, em Sena Madureira, na beira do Rio Iaco. O meio do caminho fica na localidade Divisão, que tem esse nome porque é ali que os igarapés dividem suas águas: para o lado de Assis Brasil, corre as águas para o Rio Acre; e do lado de Sena, as águas correm para o Rio Iaco. Até mais ou menos esse trecho, a mata é rica em seringueiras e castanheiras. Depois, vai rareando, com a mata mudando de aspecto.

Para as pouco mais de cem famílias que moram ao longo do ramal, os últimos doze anos têm sido de conquistas. A vida continua à custa de muito trabalho, mas agora com retorno financeiro. Todos têm seus roçados, criam pequenos animais e até gado. Muitas famílias vendem látex para exportação, com alto padrão de qualidade, como é o caso da Folha Defumada Líquida (FDL).

A comunidade do Icuriã existe desde início do século passado. Há pouco mais de 50 anos, o padre Paolino Baldassari abriu caminho dos barrancos do Rio Iaco até a sede do seringal com terçado em punho. Doze anos atrás, quando Jorge Viana visitou a região pela primeira vez, encontrou estudantes que repetia há três anos a 4ª série primária porque as séries seguintes não existiam no seringal. Hoje, é possível concluir o ensino médio e fazer curso técnico em Saúde, Educação e Gestão Ambiental.

Como não podia deixar de ser, Jorge Viana é recebido como amigo do peito. – Alguns professores daqui, que hoje estão terminando o ensino superior, eram crianças quando vim aqui pela primeira vez – afirmou.

O que tem de tão especial numa comunidade antiga, que viveu até 1998 no esquecimento das autoridades? O ensino público chega a lugares até mais distantes do que o Icuriã, mas são poucos aqueles em que todas as crianças estão na escola, os jovens fazem ou fizeram curso técnico e muitos já concluíram a universidade. A vida é simples, as famílias têm núcleo forte, os jovens respeitam os mais velhos e a comida na mesa é farta e sadia.

Não tem mistério: é um caso de sucesso e exemplar para quem vislumbra o futuro do Acre com desenvolvimento econômico sem poluir, sem destruir a floresta e, mais importante, sem expulsar as pessoas que nasceram ali. Em termos técnicos, como fala Jorge Viana, é uma economia de baixo carbono e alta inclusão social com bases sustentáveis. Nesta viagem pelo Alto Acre, em plena campanha, Tião, Edvaldo Magalhães, Jorge Viana e o governador Binho Marques não se preocuparam em pedir votos.

Foi uma visita para ver que as políticas públicas de educação, saúde e economia chegaram aonde a vista não alcança, mas com força para melhorar, de verdade, a vida de homens, mulheres e crianças. E para provar que, o que era sonho, já virou realidade e começa a se espalhar por todo o Acre.

Fonte:
Assessoria de Imprensa do Comitê de Campanha Tião Viana Governador

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