terça-feira, 22 de junho de 2010

Senador Tião Viana visita líder seringueiro e comprova melhoria da qualidade de vida da comunidade do seringal Floresta


Raimundão volta à floresta
Escrito por Da Redação - redacao@pagina20.com.br

No domingo, o jogo do Brasil contra a Costa do Marfim não havia começado, mas Raimundo Mendes de Barros, o Raimundão, do alto de seus 1,90 metro, já se preparava, com toda a família, para torcer pelo hexa brasileiro diante da televisão colorida de sua casa. Naquele momento, Raimundão também podia oferecer aos visitantes a água gelada do freezer da cozinha, que preserva os alimentos consumidos por todos da casa.

Toda essa comodidade, o primo de Chico Mendes já dispõe hoje em sua modesta casa na colocação Rio Branco, no seringal Floresta, a 30 quilômetros da cidade de Xapuri, entrando pelo ramal que parte da localidade de Sibéria rumo ao distante seringal Espalha. Desde que o programa Luz para Todos, do governo Lula, entrou naquela região de floresta da reserva extrativista Chico Mendes, Raimundão e outros seringueiros dispõem de energia elétrica durante 24 horas, o que lhes permite também movimentar a recém-inaugurada casa de farinha da localidade, que veio ampliar ainda mais a renda de toda a comunidade.

Com a farinha, o roçado, a criação de animais, o paricá, a castanha, a borracha e o manejo de madeira, os trabalhadores do seringal Floresta conseguem acumular hoje uma renda em torno de R$ 1 mil por mês. Uma quantia que seus avós, certamente, precisavam trabalhar o ano inteiro para tirar junto ao antigo patrão seringalista. Quem ainda não participa do manejo da madeira, segundo relatou Raimundão, já acumula mensalmente no seringal Floresta pelo menos um salário mínimo de renda.

“Senador, vivo feliz aqui. Tenho aqui no seringal toda a infraestrutura que tinha na cidade. Estou de barriga cheia, com os meus filhos estudando e vivendo na paz aqui do seringal”, disse Raimundo ao senador Tião Viana (PT-AC), que foi visitar, no último domingo, o “velho” amigo da luta do PT pelos empates e pela melhoria da qualidade de vida dentro dos seringais acreanos.

“Fico muito contente em ver que o nosso Raimundão voltou para a floresta depois de tantos anos de luta na cidade pela melhoria da qualidade de vida dos que aqui vivem”, disse Tião Viana, que viajou a Xapuri acompanhado da esposa e dos filhos menores para prestigiar, na floresta, o aniversário de 15 anos de Ronaira, filha do líder seringueiro, que já dispõe, no seringal, do ensino médio para continuar seus estudos dentro da própria floresta.
Lideranças políticas e comunitárias

Além de Tião Viana, também participaram da festa da filha do Raimundão o prefeito de Xapuri, Bira Vasconcelos, o ex-senador Sibá Machado, o economista e engenheiro agrônomo Idésio Franke e o pesquisador Ermício Sena, professor Rêgo e Abrahim Farhat (Lhé), além de lideranças comunitárias da terra natal do sindicalista e ecologista Chico Mendes.

Durante reunião no centro comunitário do seringal Floresta, o senador e seus companheiros felicitaram Raimundão pelo seu retorno à floresta e enalteceram a melhoria da qualidade de vida das 27 famílias do seringal, hoje beneficiárias do programa Luz para Todos, tanto pelo sistema convencional de rede, quanto pelo uso dos fogões elétricos, geradores de energia para as famílias mais distantes no interior da floresta.

floresta_-_2.jpg“O governo mais próximo da comunidade permite a sua emancipação econômica”, disse Tião Viana, ao lembrar os esforços que tem feito, junto com os governos Binho Marques e Jorge Viana, para contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos povos da floresta acreana. O senador lembrou as grandes potencialidades econômicas do Acre nas áreas de manejo de madeira, borracha, castanha, fitoterápicos, cosméticos, essências florestais e de produção de óleos de jatobá, andiroba, copaíba e especialmente de dendê, que tem atraído a atenção de empresas de fora, interessadas no plantio de até 100 mil hectares no estado. Nesse sentido, Tião Viana lembrou que, enquanto a pecuária gera algo em torno de R$ 400 por hectare, um hectare plantado com dendê resulta em R$ 5 mil.

Tião Viana destacou ainda que as melhores respostas para a emancipação econômica do Estado estão na cabeça das pessoas que moram e trabalham nas comunidades do interior e podem contribuir para o equilíbrio climático preservando a floresta e utilizando seus recursos naturais de maneira sustentável para gerar renda, emprego e qualidade de vida.

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